Então, menos de uma hora atrás, nossos olhares se cruzaram. Apenas por um instante. De surpresa. Ela parecia ainda mais assustada do que eu. Tudo que conseguimos fazer foi acenar ligeiramente e darmos um abraço apertado. Na manhã seguinte, ás 8:30h - hora em que ela costumava me telefonar, sabendo que eu estava sozinho - meu celular tocou. Contudo, aqueles trinta segundos nos quais eu a vi e a conversa muito curta no celular mostraram que trinta segundos podem ser tempo demais, e que uma conversa ao celular curta ás vezes parece uma eternidade. Depois que me afastei e tentei enxergar tudo da melhor maneira possível, percebi o quanto estava sendo tolo. Levei meses para superar tudo e estava me deixando se levar DE NOVO, por um instante. Fiz aquele papel ridículo de algum tempo atrás, e peguei o celular milhões de vezes, para mandar uma mensagem. Não consegui dormir. Como naquela época eu era mestre no drama, hoje tentei curar o meu mal-estar com essas palavras, música boa, livros de ficção e muita coca-cola.
Mas a única coisa que tem me ajudado é o tempo..